Saturday, September 16, 2006

PAPAGAIO DE PAPEL


Bom tempo, alegria de sol,
vento.
Os meninos correm-gritam-correm.
O papagaio de papel sobe
sobre a cidade, para além, para o horizonte.
Voa, grave e audaz...
Às vezes parece imobilizar-se no azul azul,
flor artificial, suspensa.
O vento, feliz, sustenta a folha, arqueia a linha.
Aumenta o entusiasmo dos meninos que o seguem,
de olhos arregalados, extasiados:
Vigiam o colorido pássaro de papel
que vai longe, pelo vento levado.

Voa, voa, flor de papel. Alto voa sobre a cidade.
Longe, no céu ardendo, longe e linda,
brincando de pegar com o sol.

E foge da minha vida, na direção da saudade...

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